Alargar a porta

RR on-line, 20090216
Raquel Abecasis

Estamos a percorrer o caminho que leva a uma sociedade sem compromissos e sem certezas. É o modelo de uma sociedade sem rei nem roque, inteiramente na mão do poder político.


Há muito que se sabia que vinha aí a agenda dita fracturante.
Quando surgiram os primeiros avisos e os primeiros sinais, aos que lançaram os primeiros gritos de alerta, chamaram-lhes conspirativos e maquiavélicos.

A verdade é que essa agenda aí está e ela é sobretudo desestruturante da sociedade:
- sob a capa da solidariedade e dos direitos, as novas leis desprotegem os mais fracos da sociedade;
- em nome da consciência e da dignidade humana, ataca-se a vida nos seus momentos mais frágeis;
- em nome do progresso e da modernidade, promove-se o relativismo para que nada nos pese na consciência.

Estamos a percorrer o caminho que leva a uma sociedade sem compromissos e sem certezas. Dizem-nos que é o protótipo da sociedade moderna, mas, verdadeiramente, é o modelo de uma sociedade sem rei nem roque, inteiramente na mão do poder político.

Ainda vamos a tempo de poder pensar pela própria cabeça, mas a porta é cada vez mais estreita e é responsabilidade pessoal de cada um contribuir para alargar a porta. Senão, daqui a pouco tempo, até o camelo passa mais facilmente pelo buraco da agulha.



Raquel Abecasis

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