A determinação de Bento XVI

DN 20090513
Editorial
Bento XVI sabia, de antemão, que a sua visita ao Médio Oriente não iria ser fácil, dadas as cicatrizes com que os conflitos político-religiosos marcaram aquela região e os seus povos. Ao chegar a Israel, o Papa teve a confirmação da dificuldade da sua "peregrinação de paz".
A pressão dos dois lados - tanto dos judeus como dos palestinianos - tem vindo em crescendo desde o início da visita, no dia 8. Assim como as críticas. A condenação por Bento XVI do anti-semitismo e do Holocausto, tal como dos que o negam, não satisfez a maior parte dos judeus, a crer na imprensa israelita, que sublinha ainda o facto de o Papa alemão, na sua adolescência, ter sido membro da juventude hitleriana. Apesar desta atmosfera algo tensa, Joseph Ratzinger mantém aquele mesmo ar calmo que o caracteriza e prossegue com o seu itinerário, que traçou antes de deixar Roma: visitar e orar nos lugares santos de judeus e muçulmanos. Em defesa da construção da paz.
Bento XVI abriu mesmo um precedente ao ser o primeiro Papa a entrar na mesquita dourada ou Cúpula do Rochedo, muitas vezes referida como o terceiro local santo do islão por, segundo a tradição, o profeta Maomé daí ter ascendido aos céus. Orou também junto do Muro das Lamentações, o local sagrado para os judeus. Tudo para, de forma muito especial e determinada, defender Jerusalém como a "cidade universal da paz". Apenas isso.. .

Comentários

Nuno disse…
Ratzinger esteve na juventude hitleriana por imposição, não por vontade própria.

Mensagens populares deste blogue

OS JOVENS DE HOJE segundo Sócrates

Hino da Padroeira

O passeio de Santo António