Portugal Pró Vida transforma-se em partido para disputar legislativas "contra o bloco central"

Portugal Pró Vida transforma-se em partido para disputar legislativas "contra o bloco central" –

Aborto, eutanásia e casamento homossexual são "novas ameaças à vida"

20090513 Lusa/Público.pt

Poder disputar as próximas eleições legislativas "contra o bloco central" e "contra o bloco de esquerda" e pela "defesa da vida", contra a interrupção voluntária da gravidez, foi a principal razão por que o movimento Portugal Pró Vida decidiu transformar-se em partido político. O pedido foi hoje formalizado no Tribunal Constitucional.

Segundo a agência Lusa, quatro membros do movimento entregaram as 7500 assinaturas necessárias para dar entrada ao processo no Tribunal Constitucional. O porta-voz do Portugal Pró Vida, Luís Botelho, disse que a constituição de um novo partido justifica-se com o aparecimento de "novas ameaças à vida", como o aborto, a eutanásia ou o casamento homossexual.

No seu blog, o movimento diz que a lei do aborto "já matou 31362 bebés portugueses!" desde 15 de Julho de 2007. "Isto é demasiado sangue, demasiada injustiça para que possamos dizer que temos muito tempo. O tempo urge e temos de facto esta convicção muito forte, é preciso uma voz pró vida no Parlamento", explicou à Lusa Luís Botelho no final da entrega das assinaturas. As petições e outras iniciativas contra o aborto "são positivas e despertam a sociedade portuguesa", mas é preciso mais porque "o aborto está a tornar-se um método contraceptivo", considera. Até porque, alerta-se no blog, as "5149 assinaturas entregues na AR a 14 de Janeiro de 2009 já não impediram 7092 abortos!"

Para o Portugal Pró Vida, também está em causa a defesa da família. "As famílias que querem ter filhos têm de ser apoiadas, estimuladas, têm que ser pelo menos reconhecidas pelo Estado português e isso não acontece e a politica fiscal penaliza as famílias e os portugueses sabem bem disso", sublinhou Luís Botelho.

O avanço para a constituição como partido pretende "construir uma sociedade que é amiga da vida", dando expressão "a um pensamento que neste momento é muito forte na base, mas que em termos de Parlamento é praticamente residual", reconheceu Luís Botelho, acrescentando: "Nós não compreendemos isso porque cada vez mais a abstenção é o partido em Portugal e há muita gente que não se revê na forma como se organiza a República Portuguesa neste momento."

De acordo com a mesma fonte, assim que o Tribunal Constitucional der "luz verde" à constituição do partido será realizado um congresso no qual serão definidos os estatutos e os candidatos às eleições autárquicas e legislativas. Tendo em conta o actual cenário de crise económica que se vive em Portugal, Luís Botelho deixou a garantia de que o partido irá fazer campanha "com o menos dinheiro possível", recusando o uso de cartazes e recorrendo à Internet e ao "passa palavra".

Comentários

Anónimo disse…
Já vem tarde.
Anónimo disse…
Aqui está um movimento interessante! Na altura em que os partidos aumentaram o financimento para si próprios, este nega esse princípio e recorre a meios simples, eficazes e não onerosos! Um exemplo a seguir...
T. Guerreiro

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