13 de Junho - Santo António

Santo António pregando aos peixes
Luca Giordano (séc. XVII)
Frescos da Igreja de San Antonio de los Alemanes (Madrid)
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Santo António é um dos maiores portugueses de sempre. De facto, no nosso País, fixados que estamos no seu lado popular - os objectos perdidos, os casamentos e as sardinhas assadas -, temos a tendência para esquecer que este santo é o único Doutor da Igreja português, senhor de uma estrita ortodoxia doutrinária que lhe valeu o epíteto nada ecuménico, mas muito católico, de "Martelo dos Hereges". É de sua autoria o pequeno texto que de seguida transcrevo, extraídos do volume I dos "Sermões de Santo António", antologia temática coligida por Henrique Pinto Rema, O.F.M., e editada pela Lello Editores, em Junho de 2000.


Na confissão há sublimidade. Sublime quer dizer excelso, como que acima do limiar. No limiar está a entrada e a saída, que significam o nascimento e a morte. No nascimento, há miséria; na morte, angústia. A confissão, porém, põe no sublime, sobre o limiar, porque tira da miséria e liberta da angústia. A confissão pôs o ladrão no sublime, porque o libertou da miséria e da angústia. Por isso, mereceu ouvir: Estarás hoje comigo no paraíso. Com Jesus não há miséria alguma, mas a glória total; no paraíso não há angústia alguma, mas a alegria total.
Na restituição do pecador convertido à sua mãe há a profundidade da divina misericórdia. Ó profundidade da divina clemência, longe do fundo da inteligência humana.

Santo António de Lisboa
in: A Casa de Sarto

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