4 de de Agosto - S. João Maria Vianney


Grandes datas da vida do Cura d’Ars

A vida e o ministério de João Maria Vianney em algumas datas

- 8 de maio de 1786: João Maria Vianney nasce em Dardilly, perto de Lyon. É o quarto de seis filhos, e passará a infância na fazenda do pai, na época agitada da Revolução Francesa.

- 1806: manifestando o desejo de se tornar sacerdote, João Maria Vianney começa sua formação com o abade Balley, no presbitério de Écully.

- 23 de junho de 1815: depois de uma formação longa e muitas vezes difícil, é ordenado diácono, em Lyon.

- 13 de agosto de 1815: é ordenado sacerdote em Grenoble, por dom Claude Simon. É chamado a ser vigário do abade Balley, em Écully.

- 13 de fevereiro de 1818: chega a Ars, como padre assistente da igreja.

- 1821: Ars obtém o estatuto de paróquia e João Maria Vianney torna-se seu pároco.

- A partir de 1822, promove o restauro e a decoração da igreja, tarefa a que se dedicará até sua morte.

- 1823: é reconstituída a diocese de Belley, à qual está subordinada a paróquia de Ars.

- 1824: abre a Casa da Providência, com a ideia de transformá-la numa escola gratuita para moças; mais tarde, se tornará um orfanato.

- Por volta de 1830: peregrinos e penitentes começam a se dirigir a Ars. Seu número aumentará cada vez mais, até a morte de João Maria Vianney. Na prática, o Cura d’Ars já não poderá deixar sua paróquia; passa a se ocupar exclusivamente dos paroquianos e dos peregrinos.

- 1843: o Santo Cura é acometido de grave doença, pouco antes da primeira “fuga” de Ars. Tentará fugir mais três vezes, ante a amplidão de sua tarefa e a consciência de suas fraquezas.

- Em 1849, funda a escola masculina, posta sob a responsabilidade dos Irmãos da Sagrada Família de Belley.

- A partir de 1853, uma equipe de missionários diocesanos passa a ajudar o Santo Cura, “prisioneiro” do confessionário e tomado de assalto pelos peregrinos.

- 1858: cerca de 100 mil peregrinos visitam Ars ao longo deste ano. O Cura d’Ars passa até 17 horas por dia no confessionário.

- 4 de agosto de 1859: o Cura d’Ars morre esgotado, por volta das duas da manhã, em seu presbitério.

- 8 de janeiro de 1905: beatificação, sob o papa Pio X; é declarado “padroeiro dos sacerdotes da França”.

- 31 de maio de 1925: canonização, sob o papa Pio XI.

- 1929: é declarado “padroeiro de todos os párocos do universo” pelo papa Pio XI.

- 6 de outubro de 1986: o papa João Paulo II dirige-se a Ars em peregrinação.

Vida do Santo Cura

Nascido a 8 de maio de 1786 em Dardilly, próximo de Lyon, numa família de lavradores, João Maria Vianney tem uma infância marcada pelo fervor e pelo amor de seus pais. O contexto da Revolução Francesa exercerá forte influência sobre sua juventude: fará sua primeira confissão aos pés do grande relógio da sala de estar de sua casa, e não na igreja do povoado, e receberá a absolvição de um sacerdote clandestino.

Dois anos mais tarde, faz sua primeira comunhão num celeiro, durante uma Missa clandestina celebrada por um sacerdote rebelde. Aos 17 anos, decide responder ao chamado de Deus: “Gostaria de ganhar almas para o Bom Deus”, dirá a sua mãe, Marie Béluze. Seu pai, porém, se opõe a esse projeto durante dois anos, pois faltavam braços na lavoura familiar.

Aos 20 anos, começa a se preparar para o sacerdócio com o abade Balley, pároco de Écully. As dificuldades o farão crescer: passa rapidamente do abatimento à esperança, vai em peregrinação ao sepulcro de São François Régis, em Louvesc. Vê-se obrigado a desertar, quando chamado a entrar para o exército para lutar na guerra na Espanha. Mas o abade Balley saberá ajudá-lo nesses anos caracterizados por uma série de provações. Ordenado sacerdote, em 1815, passa uma primeira temporada como vigário de Écully.

Em 1818, é enviado a Ars. Ali, desperta a fé de seus paroquianos com suas pregações, mas, sobretudo, com sua oração e seu estilo de vida. Sente-se pobre diante da missão que tem a realizar, mas se deixa envolver pela misericórdia de Deus. Restaura e decora a igreja, funda um orfanato, a que dá o nome de “A Providência”, e cuida dos mais pobres.

Muito rapidamente, sua reputação de confessor atrai muitos peregrinos, que vêm buscar com ele o perdão de Deus e a paz do coração. Assaltado por provações e lutas interiores, mantém seu coração bem arraigado no amor a Deus e aos irmãos; sua única preocupação é a salvação das almas. Suas aulas de catecismo e suas homilias falam sobretudo da bondade e da misericórdia de Deus. Sacerdote que se consome de amor diante do Santíssimo Sacramento, doado inteiramente a Deus, a seus paroquianos e aos peregrinos, morre em 4 de agosto de 1859, depois de uma entrega até o extremo do Amor. Sua pobreza não era simulada. Sabia que estava fadado a morrer como “prisioneiro do confessionário”. Três vezes tentara fugir de sua paróquia, acreditando-se indigno da missão de pároco e pensando ser mais um obstáculo à bondade de Deus que um condutor de seu Amor. A última tentativa de fuga ocorreu menos de seis anos antes de morrer. Foi interceptado por seus paroquianos, que tinham feito soar o alarme no meio da noite. Voltou, então, a sua igreja e pôs-se a confessar até a uma da manhã. No dia seguinte, diria: “Comportei-me como uma criança”. Em seu funeral, havia mais de mil pessoas, entre as quais o bispo e todos os sacerdotes da diocese, que vinham abraçar aquele que já era seu modelo.

Beatificado em 8 de janeiro de 1905, foi declarado no mesmo ano “padroeiro dos sacerdotes da França”. Canonizado por Pio XI em 1925, mesmo ano da canonização de Santa Teresa do Menino Jesus, será proclamado em 1929 “padroeiro de todos os párocos do universo”. O papa João Paulo II visitou Ars em 1986.

Hoje, Ars recebe 450 mil peregrinos todos os anos, e o Santuário organiza diversas atividades. Em 1986, lá foi aberto um seminário para formar futuros sacerdotes na escola do “Sr. Vianney”. Afinal, por onde passam os santos, Deus passa com eles!

http://www.annussacerdotalis.org

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