Prioridade à formação

Raquel Abecasis, RR online 12-04-2010

Os bispos portugueses reúnem esta semana, entre outras coisas, para reflectir e tomar posição sobre os casos de pedofilia que estão a afectar a igreja.

O caso é grave e está a atingir a Igreja dia após dia. Mesmo admitindo que há a intenção por parte de alguma comunicação social de transformar esta questão numa arma contra a Igreja e contra o Papa, a verdade é que os casos que se conhecem são suficientes para deixar toda a gente, particularmente os que amam a Igreja, em estado de choque.
Por isso, o que se espera, particularmente os católicos, é que os nossos Bispos, tal como o Papa, se mostrem como estão diante de todos: tristes, envergonhados e com a consciência de que a formação do clero deve neste momento tornar-se na primeira prioridade da Igreja. A formação de um padre deve ser ainda mais exigente.
A confusão, o relativismo moral e até alguma dificuldade em viver o sacrifício devem ser evitados, nos que se formam e nos que formam. Talvez seja altura de reforçar o conceito de santidade na formação dos padres.
Quanto aos que praticaram os actos de abuso sexual contra menores, Jesus disse tudo no seu tempo: “É inevitável que haja escândalos, mas ai daquele que os causa, melhor seria para ele que lhe atassem ao pescoço uma pedra de moinho e o lançassem ao mar do que escandalizar um só destes pequeninos. Tende cuidado convosco”.

Comentários

Francisco Melo disse…
Compreendo a preocupação de alguns católicos em relação aos ataques ao Papa e à Igreja, mas eu não tenho essas preocupações tanto assim:
1) Tudo está nas mãos de JESUS;
2) Esse ataque é cínico e hipócrita, pois os atacantes são os divulgadores da cultura da morte, precisamente os maiores responsáveis, ao combater o Reino de DEUS no coração humano, por esses e outros escândalos no mundo. Não têm nem autoridade nenhuma, nem moral nenhuma para atacarem a Igreja;
3) Por que será que a matança em massa de inocentes como no aborto não é polémico nem manchete? Isso é menos grave?
4) Por que será que, no novo e moderno dicionário laicista, quando a Igreja se defende, se chama polémica? Ela não tem direito a se defender?
5) Não nos esqueçamos - nem os laicistas... -, que nada há-de ficar oculto, tudo há-de ficar às vistas de todos essas e outras coisas no dia do Juízo.

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