Bem-vindo, Santo Padre

11 | 05 | 2010   22.04H

José Luís Seixas

Os muitos que prognosticavam indiferença e distância dos portugueses relativamente à visita do Santo Padre estarão surpreendidos. A iconoclastia que brota num mundo perpassado por muitas crises dificilmente entende a Fé.
Convive mal com o apelo ao transcendente e à transcendência. Rejeita, com sobranceria e intolerância, valores que apelam, tão-somente, à paz, ao perdão, à solidariedade e à fraternidade. Não distingue, com muita desonestidade intelectual, a mensagem cristã da fragilidade e da vulnerabilidade da natureza humana de muitos que A servem.
O que é certo é que o Povo, o povo anónimo que não preenche fóruns televisivos, não frequenta os salões da moda, não tem colunas nos jornais, não faz opinião, não se considera génio e presciente, tem a imensa sabedoria de diferenciar substância e circunstância. Sabe que a Fé conforma o pilar mais seguro e inspirador que permite superar as provações e as ansiedades dos tempos presentes.
É por isso que nos momentos em que se agigantam os vazios insuportáveis que restam do relativismo moral e do egocentrismo absoluto, em que a finitude da condição humana se torna evidente, que todos somos convidados a olhar o Céu e nele vislumbrar Deus que é Pai e que é Misericórdia.
O Papa Ratzinger não tem o magnetismo do Papa Woytila. Pois não. Mas no seu rosto sereno e terno transparece o espírito de bondade de Pedro. Tenho a profunda convicção de que em Fátima Nossa Senhora atenderá ao seu pedido de salvação da Igreja, de salvação da Europa e de salvação de Portugal.

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