Tempo de assumir responsabilidades

António Pinto Leite
RR on-line 24-05-2011 12:38

É preciso entender bem o contexto em que vamos votar no dia 5 de Junho.
Portugal é como um doente que está ligado à máquina para sobreviver. Se não fosse haver credores estrangeiros que ainda se dispuseram – e com que dificuldade e a que preço – a emprestar dinheiro a Portugal, o nosso país tinha ido à falência.
Sucede que o dinheiro só vem se cumprirmos à risca um programa exigentíssimo, isto é, podem desligar-nos a máquina. O Estado ficará sem dinheiro para pagar os salários da função pública, o Estado Social ficará sem condições para pagar aos pensionistas, os bancos entrarão em colapso e as empresas perderão as condições para assegurar o emprego.
A grande questão para os eleitores é, assim, muito simples e cada português vai ter de assumir a sua responsabilidade pessoal.
A questão é esta: para tirar Portugal da bancarrota, confiamos na mesma pessoa que trouxe Portugal à bancarrota? É que as sondagens dizem que há o risco real de o primeiro-ministro que trouxe Portugal à falência poder continuar a ser primeiro-ministro depois do dia 5 de Junho. Sendo assim, nenhum português pode aligeirar a sua responsabilidade.
E não se diga que todos os políticos são iguais. Porque nenhum político é igual ao político que traz um país à bancarrota.

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