Última semana

Raquel Abecasis
RR on-line 30-05-2011 06:30

Em campanha eleitoral, os partidos tendem a sair para a rua a prometer oásis aos portugueses.
De campanha para campanha, a adesão popular é cada vez menor e os partidos têm que recorrer aos métodos mais rebuscados, como recrutar emigrantes que nem têm nacionalidade portuguesa, para dar um ar composto aos comícios dos líderes.
A campanha de recolha de alimentos para o Banco Alimentar contra a Fome, que decorreu este fim-de-semana, contrasta com a apatia política dos portugueses. Afinal, os números revelam que as pessoas não são indiferentes ao destino de todos e sabem que os próximos tempos não serão fáceis para ninguém.
Diz a promotora desta iniciativa que "as pessoas dão mesmo que estejam a passar dificuldades, percebem que não precisam de dar muito, basta dar um bocadinho, porque há pessoas em pior situação. Outros dão porque não sabem como será a sua própria situação no dia de amanhã”.
O que isto prova é que, por mais que os políticos se esforcem por esconder a realidade, ela está bem presente na casa das pessoas.
Os portugueses, prova-o a recolha do Banco Alimentar, estão dispostos a travar a batalha para repor o país de pé, mas preferiam uma campanha que lhes falasse da realidade e de como ultrapassar as dificuldades.
Na última semana de campanha, era bom que acabasse o discurso das frases feitas e das acusações e se falasse de como atingir as metas impostas pela troika. Algumas destas metas têm prazo já para o final de Junho e do seu cumprimento depende o financiamento do país.

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