Mensagens

A mostrar mensagens de junho, 2011

Refrescar

DESTAK | 29 | 06 | 2011   20.22H João César das Neves | Há um travo amargo na boca dos portugueses, deixado pela longa decadência do consulado Sócrates. Não é apenas a crise e os sacrifícios, mas o desprezo pelos políticos e funcionários e a suspeita das instituições. Portugal desconfia da sua democracia. Não falta quem diga que o país é mesmo mau e que há séculos não tem saída. Passos Coelho enfrentou a questão com um Governo jovem, caras novas e independentes em pastas decisivas. Assim rasgou a rotina e abriu uma janela de esperança. Foi uma decisão inteligente e natural, também seguida por Soares em 1976, Cavaco em 1985, Guterres em 1995 e até Sócrates em 2005. Como se vê, refrescamos as elites de dez em dez anos (note-se que desta vez passaram só seis). Mas isso não chega. É preciso que as caras novas aprendam a lidar com a velha máquina. Porque o país e o Estado não mudam com o novo ciclo político. Os grupos instalados são os mesmos e os aparelhos organizativos também. E não são

A turma do copianço

Graça Franco RR on-line 29-06-2011 09:08 Não. Não era um exame para juízes, decisivo para as respectivas carreiras. Era, tão só, um take-home exam o que, traduzido para português, equivale a um teste para resolução em casa (com consulta) e versava sobre qualquer coisa como engenharia electrotécnica. Os alunos eram cadetes da mais prestigiada academia de formação de oficiais norte-americanos ( West Point) e a cena passou-se no longínquo ano de 1976 . Porque me lembro disto? Porque, imaginem, na resolução do teste com consulta foi detectada, para vergonha da Academia e consternação geral, uma situação de copianço generalizado. Considerados Indignos da história da instituição e de fazerem parte da elite militar norte-americana 150 cadetes foram simplesmente expulsos da escola. Entre eles alguns assumiram a culpa e saíram por seu pé. Apresentada a respectiva defesa 98 vieram, posteriormente, a ser reintegrados. Para cinquenta e dois o sonho de uma vida terminou naquele exame caseiro de

29 de Junho - S. Pedro

Imagem
  S. Pedro (1535-1542) Vasco Fernandes Museu Grão Vasco Viseu

Nos 60 anos de ordenação do Papa Bento XVI

CONCELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA E IMPOSIÇÃO DOS PÁLIOS AOS NOVOS ARCEBISPOS METROPOLITANOS NA SOLENIDADE DOS SANTOS PEDRO E PAULO HOMILIA DO PAPA BENTO XVI Basílica Vaticana 29 de Junho de 2011 Amados irmãos e irmãs! « Non iam servos, sed amicos » - «Já não vos chamo servos, mas amigos» (cf. Jo 15, 15). Passados sessenta anos da minha Ordenação Sacerdotal, sinto ainda ressoar no meu íntimo estas palavras de Jesus, que o nosso grande Arcebispo, o Cardeal Faulhaber, com voz um pouco débil já mas firme, nos dirigiu, a nós novos sacerdotes, no final da cerimónia da Ordenação. Segundo o ordenamento litúrgico daquele tempo, esta proclamação significava então a explícita concessão aos novos sacerdotes do mandato de perdoar os pecados. «Já não sois servos, mas amigos»: eu sabia e sentia que esta não era, naquele momento, apenas uma frase «de cerimónia»; e que era mais do que uma mera citação da Sagrada Escritura. Estava certo disto: neste momento, Ele mesmo, o Senhor, di-la a mim de modo muito

Individualismo e solidão

Pe. Rodrigo Lynce de Faria Mais do que procurarem compreender-se um ao outro, punham-se de acordo. Era tão simples. Bastava deixar que os problemas se resolvessem por si. Desde o dia do casamento — já lá iam cinco anos — um princípio fundamental tinha ficado assente: não discutiriam nunca. Assim — pensavam eles — a paz no lar estaria garantida. E com a paz viria a alegria e o êxito matrimonial. Além disso, a ausência de qualquer tipo de controvérsias evitaria pela raiz a difícil tarefa de perdoar e de pedir perdão. Com esta filosofia de vida, pouco a pouco e sem darem por isso, foram-se distanciando um do outro. Habituaram-se a uma desunião que não reconheciam como tal. Consideravam que nunca “incomodar” o outro era um sinal de verdadeiro amor. Pensavam que, pelo simples facto de viverem debaixo do mesmo tecto, existiria sempre uma intensa união entre eles. No entanto, de um dia para o outro e sem se saber porquê, ela começou a ter manifestações de tristeza. Eram desânimos impregnados

Programa do XIX Governo Constitucional

Programa_GC19

Bento XVI nomeia cardeal Angelo Scola como novo arcebispo de Milão

Imagem
D.R. | Cardeal Angelo Scola Cidade do Vaticano, 28 jun 2011 (Ecclesia) – Bento XVI nomeou hoje como arcebispo de Milão o cardeal Angelo Scola, até agora patriarca de Veneza, que sucede no cargo ao cardeal Dionigi Tettamanzi, revelou a sala de imprensa da Santa Sé. O novo arcebispo, de 69 anos, é natural da região milanesa e passa a liderar aquela que é considerada a segunda diocese mais importante da Itália, depois de Roma, que conta com um rito litúrgico próprio, o ambrosiano. Milão, cerca de 600 quilómetros a norte da capital italiana, era a diocese natal de Pio XI (1792-1878) e Paulo VI (1897-1978), tidos como dois dos Papas mais importantes dos últimos séculos. O cardeal Angelo Scola, com uma forte ligação ao movimento internacional ‘Comunhão e Libertação’ que é hoje sublinhada pela Rádio Vaticano, colaborou na fundação da revista teológica ‘Communio’ e foi recentemente escolhido por Bento XVI para integrar o novo Conselho Pontifício para a Promoção da nova Evangelização. Em Vene

Portugal socialista

DN 2011-06-27 JOÃO CÉSAR DAS NEVES Portugal é um país socialista. Os portugueses gostam de ter o Estado a acompanhar a sua vida, a regular, a tomar conta, a fornecer apoios e serviços, a prometer benesses. O ideal de vida da população média é o funcionário público, com trabalho à secretária, horário fixo, emprego seguro, promoção automática. Esta verdade é antiga e manifestou-se de várias formas. Pombal chamou-lhe "despotismo esclarecido", Fontes Pereira de Melo "modernização e progresso", Salazar "Estado corporativo", mas era isto que queriam dizer. Fomos socialistas na Casa da Índia e na Casa do Douro, no condicionamento industrial, adesão à EFTA e mercado único. Somos um país em que acusar alguém de "fins lucrativos" é ofensivo e a simples presença de privados na saúde e educação lança alarme. É verdade que depois todos dizem mal do Estado, escolas e hospitais públicos e acabam por ir à privada. Criticar o Governo, câmaras e serviços é despor

Tempo de esperança

Público 2011-06-27 João Carlos Espada Raramente nas últimas décadas teremos tido entre nós condições mais favoráveis a reformas políticas O novo director da Fundação Konrad Adenauer para Espanha e Portugal, Thomas Stehling, promoveu em Lisboa, durante o fim-de-semana, a conferência regional anual daquela fundação alemã, dedicada à reflexão estratégica. Foi uma ocasião estimulante que permitiu ouvir sensibilidades diferentes, vindas sobretudo de responsáveis alemães, ingleses e espanhóis. O tema central do encontro era a "Primavera árabe", mas o centro das interrogações estava sobretudo no futuro do euro. Paulo Portas falou na sessão de abertura, como novo ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal. Foi a sessão mais concorrida, com uma vasta plateia de embaixadores estrangeiros. Esperava-se uma apresentação da nova política externa do novo Governo de Lisboa. Paulo Portas fez um vigoroso discurso de política externa, e para ouvidos externos, mas não falou sobre a polít

Carta Encíclica de João XXIII: 50 anos da Mater Et Magistra

Jornal W 26 Jun. 2011 Publicada a 15 de Maio de 1961, a Mater et Magistra de João XXIII é considerada um dos principais documentos da doutrina social da Igreja. As suas respostas aos problemas sociais da época podem servir de solução aos desequilíbrios actuais. Para marcar o 50º aniversário da Mater et Magistra o Conselho Pontifício “Justiça e Paz” organizou no passado mês de Maio em Roma um congresso internacional com o objectivo de estudar, difundir e experimentar a doutrina social da Igreja, a partir da encíclica de João XIII e da Caritas in Veritate de Bento XVI. A originalidade da Mater et Magistra consistiu em trazer para a doutrina social da Igreja os graves problemas do sector agrícola e dos trabalhadores do campo, dos que passam fome, a dificuldade de acesso à terra para os que nela trabalham, os desequilíbrios entre a agricultura, a indústria e os serviços e ainda as desigualdades entre os países desenvolvidos e em vias de desenvolvimento. João XIII no seu tempo Na altura

Copianço, magistratura e sociedade

Público 2011-06-25  Pedro Vaz Patto É ilusório pretender que os candidatos a magistrados não deixem de reflectir os vícios da sociedade de onde provêm Muitos concordarão com o comentário do antigo Presidente da República Jorge Sampaio a propósito do chamado "caso copianço": à já tão afectada credibilidade da Justiça não convinha nada mais este abalo. Os que têm procurado dedicar o melhor de si à formação dos futuros magistrados (fi-lo durante nove anos e até ao ano passado) serão os primeiros a lamentar o episódio e a recusar minimizar o seu significado de sintoma da menor postura ética de alguns dos actuais candidatos às magistraturas. Mas importa não deixar que um triste episódio isolado destrua o património de prestígio de uma instituição que se foi consolidando ao longo dos anos. A desconfiança nessa instituição há-de reflectir-se na desconfiança em relação aos magistrados nela formados, que hoje estão nos tribunais. O gosto do escândalo pelo escândalo, ou da polémica

As setas, os asteriscos e a maldição dos quadros explicativos

Público 2011-06-23  Helena Matos Estive a ver nos manuais da antiga 4.ª classe ao actual 12.º ano os nomes das disciplinas de Português e História. É assustador Alinhei-os todos numa mesa. Vão desde a antiga 4.ª classe ao actual 12.º ano. São várias dezenas de manuais escolares das disciplinas de Português e História, ou melhor dizendo, dos vários nomes que essas duas disciplinas têm tido ao longo dos últimos 40 anos. O resultado é assustador. 1.Crianças grandes. Ao arrumá-los por data de publicação o que imediatamente sobressai é a infantilização patente nos actuais manuais. Por exemplo, um manual de Português de 1972, usado no equivalente ao actual 7.º unificado, só tem paralelo no trato adulto daqueles a quem se dirige nos manuais actualmente destinados ao 10.º ano (e mesmo assim o 10.º ano está aqui com muita benevolência). Hoje dificilmente encontramos nos manuais de Português uma página em que só haja texto. Que não tenha uma caixinha com linhas de leitura, um quadrinho expl

24 de Junho - Nascimento de S. João Baptista

Imagem
 Nascimento de João Baptista Tintoretto, 1550's Óleo sobre tela, 181x266 cm  Museu Hermitage S. Petersburgo, Rússia ____________________________________________________________ Nascimento de São João Baptista Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África) e doutor da Igreja Sermão 289, 3º para a Natividade de João Baptista «Ele é que deve crescer, e eu diminuir» (Jo 3,30) "(...) Foi para ensinar o homem a humilhar-se que João nasceu no dia a partir do qual os dias começam a decrescer; para nos mostrar que Deus deve ser exaltado, Jesus Cristo nasceu no dia em que os dias começam a aumentar. Há aqui um ensinamento profundamente misterioso. Nós celebramos a natividade de João como celebramos a de Cristo, porque essa natividade está cheia de mistério. De que mistério? Do mistério da nossa grandeza. Diminuamo-nos em nós próprios para podermos crescer em Deus; humilhemo-nos na nossa baixeza, para sermos exaltados na Sua grandeza.&quo

60 anos de sacerdote, 60 horas de adoração eucarística!

Aura Miguel RR on-line 23-06-2011 10:30 A iniciativa está em curso nos cinco continentes, para assinalar os 60 anos de ordenação sacerdotal de Bento XVI. O aniversário da ordenação é já na próxima quarta-feira, dia 29, festa de São Pedro e São Paulo e nada melhor – para preparar o acontecimento – do que rezar pelo papa e pela santificação dos sacerdotes e vocações diante do Santíssimo Sacramento. A ideia partiu da Congregação do Clero que enviou uma carta aos bispos de cada uma das 3100 dioceses espalhadas pelo mundo para se unirem a esta iniciativa. Objectivo: testemunhar o nosso afecto e comunhão para com o Papa, gratos pelo seu luminoso serviço a Deus e à Igreja. A carta, com a data de 13 de Maio deste ano, sugere que as 60 horas de adoração eucarística se prolonguem por este mês, para culminar na Solenidade do sagrado Coração de Jesus, a 1 de Julho. Aqui fica o convite!

Viva a Hungria!

Francisco José Contreras  | 02 Maio 2011 in: Mídia sem máscara " Os tempos correrão na direção que decidamos imprimir-lhes. Nenhuma lei histórica condena as sociedades a 'progredir' indefinidamente para a anomia e a dissolução de vínculos" O Parlamento de Budapest aprovou em 18 de abril passado a nova Constituição da Hungria. O texto apresenta uma série de traços de máximo interesse, embora insólitos na Europa atual. A nova Constituição é tão politicamente incorreta que parece um milagre (não é de se estranhar que a imprensa "progressista" ande rasgando as roupas por causa disso). A Constituição reconhece explicitamente a importância do passado cristão na forja da identidade húngara. Quer dizer, adota uma postura diametralmente oposta à que caracterizou a abortada Constituição européia (que omitiu qualquer menção ao Cristianismo, embora citasse a Grécia, Roma e o Iluminismo). A Hungria não participa, p

Dia do Corpo de Deus

Imagem
  Procissão do Corpus Christi Mestre de Jaime IV da Escócia Iluminador flamengo (1510-1520) Cores de têmpera sobre carneira 9 1/8 x 6 9/16 in. MS. LUDWIG IX 18, FOL. 48V  The J. Paul Getty Museum Los Angeles

S. Tomás Moro - patrono dos governantes e políticos | Uma aprendizagem

É um sinal de esperança que o primeiro dia do governo que ontem tomou posse seja dedicado ao patrono dos governantes e dos políticos, assim proclamado pelo beato João Paulo II neste seu motu próprio  – S. Tomás Moro. Tomás Moro não sacrificou a verdade à conveniência e nisto, perdeu a vida, ganhando-a (Mc 8, 35-36) O recente caso do copianço no CEJ revela uma atitude muito generalizada entre nós em que na avaliação custo-benefício que cada um faz dos seus actos quem geralmente perde é a verdade, como o texto de Pedro Lomba que abaixo se reproduz, bem ilustra. Que S. Tomás Moro inspire e proteja os nossos governantes e políticos e que a sua vida eduque as nossas acções.É um sinal de esperança que o primeiro dia do governo que ontem tomou posse seja dedicado ao patrono dos governantes e dos políticos, assim proclamado pelo beato João Paulo II neste seu motu próprio  – S. Tomás Moro. Tomás Moro não sacrificou a verdade à conveniência e nisto, perdeu a vida, ganhando-a (Mc 8, 35-36)

22 de Junho - S. Tomás Moro

Imagem
  Thomas More (Lord Chancelor) Hans the Younger Holbein 1525-1528 Desenho preparatório Castelo de Windsor

As famílias constroem-se à mesa

Imagem
Público, 2011-06-21 Entrevista Claude Kaufman O sociólogo francês Jean-Claude Kaufman, investigador no Centre National de la Recherche Scientifique, em Paris, dedicou toda a sua vida a estudar as relações entre as pessoas através das tarefas domésticas, do lavar a roupa ao passar a ferro. Há quem lhe chame o sociólogo dos detalhes. Esteve em Portugal, a convite do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, para falar de comida e explicar porque é que é à mesa que se constrõem as famílias, tema do seu livro, não traduzido em português, Casseroles, amour et crises (que poderá traduzir-se por Tachos, amor e crises ). A sua última paixão são as bolsas das mulheres e a forma como o seu interminável conteúdo revela a vida das suas proprietárias, mas essa era outra conversa. Porquê este seu fascínio por detalhes? Não há coisas pequenas na vida. Se escavarmos em profundidade conseguimos explicar toda uma sociedade por gestos tão simples que nem nos passam pela cabeça. Por

Acontecimentos do dia

Está a terminar um dia com vários acontecimentos notáveis: Tomou posse o XIX  Governo Constitucional F oi eleita a Presidente da Assembleia da República da XII Legislatura Chegou o Verão : O verão é uma das quatro estações do ano. Neste período, as temperaturas permanecem elevadas e os dias são longos. Geralmente, o verão é também o período do ano reservado às férias . O verão do hemisfério norte é chamado de "verão boreal", e o do hemisfério sul é chamado de "verão austral". O "verão boreal" tem início com o solstício de verão do Hemisfério Norte , que acontece em 21 de Junho , e termina com o equinócio de Outono nesse mesmo hemisfério, por volta de 23 de Setembro . O período das férias de verão ou o período em que uma pessoa passa fora de sua casa, geralmente em uma casa de praia, no verão, é conhecido como veraneio .

O elogio fúnebre

Público 2011-06-19 Gonçalo Portocarrero de Almada Foi apenas quem conduziu o país à bancarrota e ao maior desprestígio internacional, que é "o que fica" para a História No tom laudatório que é da praxe nos elogios fúnebres, o ideólogo de serviço do defunto Governo e do seu primeiro, veio à praça pública defender os méritos daquela governação, agora valentemente repudiada pelo povo, em expressivas eleições legislativas. Embora mereçam a minha simpatia os que defendem, ao jeito do Robin dos Bosques, os desgraçados, e reconheça que é de uma rara nobreza elogiar os vencidos, confesso que não pude deixar de sorrir ao ler o obituário, não obstante o seu tom pesaroso. Aliás, já me divertira com o encenado drama da comunicação pós-eleitoral do derrotado chefe do Governo, que mais me pareceu uma medíocre comédia. A grandiloquente peça de oratória do demissionário primeiro-ministro, decerto mais preocupado com a sua própria imagem pessoal do que com o interesse da população, que cert

O poder dos bobos

DN 2011-06-20 JOÃO CÉSAR DAS NEVES Fala-se muito da influência de filmes, canções, videojogos, publicidade, romances e outras ficções na nossa vida. Hoje a opinião mediática despreza e ridiculariza as referências morais tradicionais - pais, professores, sacerdotes, chefes e responsáveis - enquanto exalta as opiniões de artistas, bandas de música, comediantes e celebridades. O poder da imagem parece crescente. Foi a 30 de Outubro de 1938 que Orson Welles e o Mercury Theatre on the Air criaram um pânico nos EUA com a emissão radiofónica da novela de H. G. Wells A Guerra dos Mundos de 1898. Também o telefilme O Dia Seguinte, de Nicholas Meyer, emitido a 20 de Novembro de 1983 na ABC, visto por mais de cem milhões de pessoas nessa data, gerou uma depressão nacional com a descrição vívida dos efeitos de um ataque nuclear. Atracção Fatal, de Adrian Lyne (1987), com Michael Douglas e Glenn Close, teve forte impacto nos hábitos pessoais ao mostrar violência na infidelidade conjugal. Desde 198