Liberdade, o maior bem europeu

Raquel Abecasis
RR on-line 2011-11-21
Esta devia ser uma manhã alegre em Espanha. O país foi a votos, a maioria dos espanhóis falou e o poder mudou de mãos.
A verdade é que Espanha é esta manhã um país deprimido, como grande parte da Europa. Aqui ao lado, é sabido que, façam o que fizerem, os espanhóis têm o destino traçado e nós, em Portugal, temos a sensação de estar a rever um filme que já conhecemos.
É curioso que as eleições espanholas ocorram no mesmo fim-de-semana em que, no Egipto e na Síria, milhares continuaram a manifestar-se e a morrer em nome de uma liberdade que tarda em chegar àquelas paragens.
A Primavera Árabe esbarra no Outono das democracias europeias que, habituadas a uma vida fácil, sacrificaram a liberdade à ditadura do dinheiro.
Mudar de vida é uma inevitabilidade para a Europa, mas quem vive no Velho Continente deve olhar para os países árabes para perceber que a liberdade é a sua maior riqueza.
Mariano Rajoy assume, a partir de agora, a liderança do governo que passa para as mãos dos populares depois de oito anos de governação socialista. Tem uma tarefa difícil pela frente, mas esta é também a hora de os políticos redescobrirem que a sua vocação é o serviço ao povo e não servirem-se do povo

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