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A mostrar mensagens de março, 2012

Deus está aqui

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Por José Luís Nunes Martins, publicado no i-online em 31 Mar 2012 - 03:00 | Quase sempre se reza no vazio, onde sem luz e num silêncio próprio de um deserto, quase nada se vê, ou se deixa ouvir. Esta ausência de resposta acaba por alimentar muitas vezes o temor de que possamos estar, afinal, tremendamente sós. Mas promover o bem de alguém não passa por estarmos onde essa pessoa nos veja, ou onde só nos consiga ouvir, e, muito menos ainda, que tenhamos de lhe falar constantemente. A fé é a evidência do que não se vê, mas é também a desconfiança que faz tremer a terra que nos segura os pés. Nunca foi nem será uma apólice contra todas as dúvidas, desgostos e sofrimentos. Com fé, e por breves momentos, podemos sentir como que uma brisa na face e aprender que existem forças que não se vêem. Afinal, o vento, tal como o amor, não se conhece senão pelo que faz. Nunca ninguém o viu, mas também nunca ninguém o pôs em causa. Só se ama verdadeiramente em silêncio. Mesmo quem não se pod

O dispositivo que irá substituir a cadeira de rodas

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Este é um dispositivo que certamente irá mudar a vida de muitos paraplégicos, pois permite aos utilizadores moverem-se de uma forma muito mais independente do que com uma cadeira de rodas. Sem dúvida uma boa  notícia  para muitos que padecem de algumas limitações no dia-a-dia.

Patriotismo precisa-se!

Deixo aqui a minha homenagem e gratidão ao voto do deputado José Ribeiro e Castro contra a indiferença política que aprovou ontem no meio das múltiplas alterações ao Código do Trabalho a extinção do feriado do 1º de Dezembro que comemora a Restauração da Independência Nacional. Não me senti mobilizado por esta causa, até porque não me dei conta de que a decisão estava tão perto de ser tomada. Não estou totalmente convencido que seja o 1.º de Dezembro, um dos feriados civis a conservar. A declaração de voto do deputado José Ribeiro e Castro vai com certeza ajudar-me a formar uma posição. Tenho, porém, a certeza de que nós, portugueses, precisamos de amar mais a nossa história e orgulharmo-nos da nossa tradição. Agradeço, comovido, a atitude patriótica e solitária do deputado José Ribeiro e Castro. Mais como ele, precisam-se!

Go down Moses

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Um voto contra a indiferença política

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In:   http://avenida-liberdade.blogspot.pt/2012/03/um-voto-contra-indiferenca-politica.html   Hoje, no plenário da Assembleia da República, votei contra a proposta de lei de alteração do Código de Trabalho que prevê a eliminação do feriado nacional do 1º de Dezembro . Na ocasião, apresentei a seguinte declaração de voto. DECLARAÇÃO DE VOTO Proposta de lei n.º 46/XII Votei contra a proposta de lei n.º 46/XII, por não aceitar a eliminação do feriado nacional do 1º de Dezembro que nela se contém.   Diluído no meio de dezenas de outras alterações ao Código do Trabalho, o banimento deste feriado constituiria uma violência contra o espírito de Portugal e atingiria, sem justificação e de modo desproporcionado, valores fundamentais da vida colectiva.  O 1º de Dezembro custou muito – quer o feriado em si, quer sobretudo a data e o valor patriótico que simboliza e celebra. Se este feriado fosse extinto, teríamos de imediato de mobilizar-nos para o restaurar por lei, propós

Viver é crescer

Em qualquer idade! Por isso, um dia em que não aprendo nada é um dia é um dia de regressão e não de aperfeiçoamento . Dou-me conta que é fácil aprender todos os dias; trata-se de estar atento, disponível e grato. Chegou finalmente a chuva! Bom fim de semana Lembro Já amanhã - Grandes livros, grandes filmes Cyrano de Bergerac com António Mega Ferreira 31 de Março Política e Pensamento João Carlos Espada apresenta A Democracia na América de Alexis de Tocqueville 2 de Abril

Perfeição

PARA HOJE / 30.MARÇO Não há perfeição, só há aperfeiçoamento. Ninguém é perfeito, nem sequer os santos o são, mas todos podem aperfeiçoar-se. Ninguém está condenado a ficar assim, porque viver é crescer e melhorar cada vez mais. E quem desistiu de melhorar não pode viver bem e prejudica os outros com a sua mediocridade. Acredito que nós podemos ser melhores! NÃO HÁ SOLUÇÕES, HÁ CAMINHOS Vasco P. Magalhães, sj Edições Tenacitas  - www.tenacitas.pt 365 vezes por ano não perguntes porquê, mas para quê.

Presença maior

Aura Miguel RR online 2012-03-30 Milhares de fiéis aderiram com entusiasmo à mais recente visita do Papa. Marcaram presença ao longo das ruas e nas celebrações de maneira participativa. Até agora, México e Cuba eram dois países profundamente ligados às históricas viagens de João Paulo II. Não seria, pois, de espantar se o acolhimento ao novo Papa tivesse sido menos caloroso. Mas não: Bento XVI – apesar de mais velho e menos carismático – foi também recebido de braços abertos, tal como aconteceu com João Paulo II. E este é o ponto. É que, na verdade, quer um quer outro foram ao México e a Cuba em nome de Cristo, o Senhor da História. Por isso, o acontecimento da sua presença é independente da idade ou maneira de ser, porque remete para outra presença ainda maior. Que os mexicanos e os cubanos souberam reconhecer.

Comédia grega

28 | 03 | 2012   20.30H João César das Neves | naohaalmocosgratis@ucp.pt No passado dia 9 deu-se a maior falência soberana da história. A Grécia eliminou 100 mil milhões de euros da sua dívida pública, que ronda os 350. Como um país não é uma empresa, falir significou uma «reestrutura-ção», trocando os títulos do tesouro por outros, de prazo mais longo, taxa mais baixa e valor facial inferior a metade. A grande maioria dos credores aceitou a troca, mas um resto foi forçado por lei a aceitar as condições. Este último aspecto criou um segundo fenómeno histórico, o primeiro e tão temido disparar dos CDS. Esse novo produto financeiro constitui um seguro de crédito, pagando um prémio aos investidores em caso de falência do título-base. Evitar isso foi a razão por que, nesta negociação grega, as autoridades tentaram tanto tempo manter a ficção de uma troca voluntária. Desse modo, tecnicamente não haveria falência, precaven-do as consequências de grandes indemnizações, que poderiam c

A melhor notícia

É a melhor notícia que o país podia receber nesta altura: o pai de todos os males está a diminuir de intensidade, o Belzebu que nos lixou a vidinha está a ser destruído. Sim, é verdade, o défice externo está a baixar a uma velocidade notável. ( leia aqui ) Outros destaques: A visita apostólica do Papa ao México e Cuba Petição Defender o Futuro – Assine e divulgue AGENDA Grandes livros, grandes filmes Cyrano de Bergerac com António Mega Ferreira 31 de Março Política e Pensamento João Carlos Espada apresenta A Democracia na América de Alexis de Tocqueville 2 de Abril

Viagem Apostólica ao México e a Cuba

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23 de Março de 2012 A vontade de Deus em primeiro  Chegada do Papa ao México (video) Cerimónia de boas vindas no Aeroporto Internacional de Guanajuato: discurso do papa 24 de Março de 2012 Palavras do Papa no encontro com as crianças 25 de Março de 2012 Homilia do Papa na Missa no Parque Expo-Bicentenário em León Papa celebra missa o Parque do Bicentenário Angelus Celebração das vésperas com os bispos do México e América latina 26 de Março de 2012 Discurso de despedida 27 de Março de 2012 Homilia do Papa na Missa por ocasião do 400º aniversário da descoberta da imagem da Virgem da Caridade do Cobre 28 de Março de 2012 Homilia do Papa na Missa celebrada na Praça da Revolução em Havana Papa celebra Missa na Praça da Revolução em Havana   30 de Março de 2012 Presença Maior  Aura Miguel

Homilia do papa na missa celebrada na Praça da Revolução em Havana

SANTA MISSA HOMILIA DO PAPA BENTO XVI Havana, Praça da Revolução José Martí   Quarta-feira, 28 de Março de 2012 Amados irmãos e irmãs! «Bendito sejais, Senhor, Deus dos nossos pais (...). Bendito o vosso nome glorioso e santo» ( Dn   3, 52). Este hino de bênção do   livro de Daniel   ressoa hoje na nossa liturgia, convidando-nos repetidamente a bendizer e louvar a Deus. Somos parte da multidão daquele coro que celebra o Senhor sem cessar. Unimo-nos a este concerto de ação de graças, oferecendo a nossa voz jubilosa e confiante, que procura fundar no amor e na verdade o caminho da fé. «Bendito seja Deus» que nos reúne nesta praça emblemática, para mergulharmos mais profundamente na sua vida. Sinto uma grande alegria por estar hoje no vosso meio e presidir a Santa Missa no coração deste Ano Jubilar dedicado à Virgem da Caridade do Cobre. Saúdo cordialmente o Cardeal Jaime Ortega y Alamino, Arcebispo de Havana, e agradeço-lhe as amáveis palavras que me dirigiu em nome de todos. E

Papa celebra missa na Praça da Revolução (em Havana)

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Contradições

O nosso tempo parece aceitar sem ripostar imensas contradições como se nem sequer delas se desse conta. É preciso, por isso, chamar a atenção para aquilo que, de tão absurdo, deveria ser imediatamente recusado. A passividade geral não só propicia que isso não aconteça como cria um clima de correcção política onde germina uma certa complacência e mesmo concordância. É o caso da Petição pela abolição das touradas que falaciosamente usa argumentos cristãos e coloca os touros em pé de quase igualdade com os seres humanos atribuindo-lhes direitos e protecção que o Estado português hoje nega à criança por nascer. É também o caso do amor abstracto à humanidade que é, pelo menos cúmplice com a indiferença a que é votado o vizinho próximo. Esta é a contradição que nos julga a nós, embora, Henrique Raposo escolha como exemplo a contradição entre o amor à humanidade e a defesa da morte de deficientes profundos . A petição que é preciso apoiar assinando e divulgando é a que realmente de

Política e pensamento - João Carlos Espada

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No final do século XVIII, duas revoluções marcaram profundamente a evolução do pensamento político e a História mundial, em particular ocidental. Tratou-se da Revolução Francesa e da Revolução Americana, de que não resultaram apenas a independência de um país que se foi tornando o mais poderoso (os Estados Unidos da América), mas também grandes inovações no terreno das ideias políticas e da Teoria Geral do Estado. A comparação entre as duas Revoluções, nomeadamente no seu conteúdo e nos seus efeitos, é um tema clássico da Ciência Política e, ainda hoje, um exercício da maior relevância para compreendermos a História e a Política dos últimos dois séculos, bem como os tempos contemporâneos. Um exercício importante para nos posicionarmos nas nossas sociedades de democracia liberal, que foram inevitavelmente tocadas, directa ou indirectamente, por uma ou outra daquelas duas revoluções, ou por ambas.  Por mim, sempre pensei que a Revolução Americana é ética e espiritualmente

Grandes livros, grandes filmes - Cyrano de Bergerac

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Um bebé por um touro

Chegámos a isto. Ou se percebe ou não se percebe. Lamentavelmente, parece que os Portugueses ainda não percebem. 1. O animal é um animal. 2. Uma pessoa é diferente. Não há qualquer comparação. É inadequada. Deficiente. Injusta. Imprópria. Imoral. E, todavia, corre na net subscrita por milhares uma (falaciosíssima) petição para o Presidente da República, para o Primeiro – Ministro e para a Assembleia da República, afirmando, designadamente, que:  (...) as touradas ofendem a fé e o sentimento maioritariamente cristãos e católicos do povo português, pois a Bíblia apresenta os animais como criaturas de Deus (Génesis, 1, 24) e o Catecismo Católico declara ser “contrário à dignidade humana fazer com que os animais sofram ou morram desnecessariamente”, doutrina recentemente recordada pelos Papas João Paulo II e Bento XVI; (...) o artigo 9.º da Constituição da República Portuguesa consagra como tarefa fundamental do Estado “promover o bem-estar e a qualidade de vid

Cristianismo e Democracia

Cristianismo e Democracia

Homilia na missa por ocasião do 400º aniversário da descoberta da imagem da Virgem da Caridade do cobre

SANTA MISSA POR OCASIÃO DO 400º ANIVERSÁRIO DA DESCOBERTA DA IMAGEM DA VIRGEM DA CARIDADE DO COBRE HOMILIA DO PAPA BENTO XVI Santiago de Cuba, Praça Antonio Maceo  Solenidade da Anunciação do Senhor Segunda-feira, 26 de Março de 2012 Amados irmãos e irmãs! Dou graças a Deus que me permitiu vir ter convosco, realizando esta viagem tão desejada. Saúdo D. Dionisio García Ibáñez, Arcebispo de Santiago de Cuba, agradecendo-lhe as amáveis palavras com que me acolheu em nome de todos. Saúdo igualmente os outros Bispos vindos de Cuba e doutros lugares, bem como os sacerdotes, religiosos, seminaristas e fiéis leigos presentes nesta celebração. E não posso esquecer todos aqueles a quem a doença, a idade ou outras razões impossibilitaram de estar aqui conosco. Saúdo também as autoridades que gentilmente quiseram acompanhar-nos. Esta Santa Missa – a primeira que tenho a alegria de presidir na minha visita pastoral a este país – insere-se no contexto do Ano Jubilar Mariano proclamado para

Discurso do Papa Bento XVI na cerimónia de despedida

CERIMÓNIA DE DESPEDIDA DISCURSO DO PAPA BENTO XVI Guanajuato, Aeroporto Internacional Segunda-feira, 26 de Março de 2012 Senhor Presidente, Distintas Autoridades, Senhores Cardeais, Amados Irmãos no Episcopado, Amigos Mexicanos! A minha breve mas intensa visita ao México está a chegar ao fim. Isto porém não significa o fim da minha estima e solidariedade por este país, que guardo no coração. Parto levando comigo muitas experiências inesquecíveis, como inesquecíveis são as muitas atenções e demonstrações de estima recebidas. Agradeço as amáveis palavras que me dirigiu o Senhor Presidente, e tudo o que as autoridade fizeram por esta significativa viagem. E agradeço de todo o coração a quantos facilitaram ou colaboraram para que os acontecimentos destes dias tivessem decorrido venturosamente, tanto nos aspectos importantes como nos menores detalhes. Peço ao Senhor que tantos esforços não tenham sido feitos em vão, mas, com a sua ajuda, produzam frutos abundantes e duradouros na vi

Um desperdício de latim

i on-line João Távora, 26 Mar 2012 É o mundo virado ao contrário, um triste destino de colonizados para o qual não há rating que nos safe do default. E discutem-se consoantes mudas como se não houvesse amanhã O bom do português quando usa uma palavra estrangeira sente-se moderno, cosmopolita e dono duma grande ciência. Para já, com o acordo com a troika, o secreto orgulho vivido pelos políticos que tão galhardamente defendiam as golden shares tem os dias contados. Certamente o conveniente preceito teria passado ao lado se lhe tivéssemos chamado simplesmente "participação decisiva" ou coisa parecida. É a mania das grandezas: Golden Share tem outro sainete, mas acabou-se. É tal e qual um test drive, que afinal se trata de uma inigualável experiência de condução exclusiva de quem se prepara para enterrar uma pipa de massa num automóvel. A grande invasão dos anglicismos começou de mansinho no tempo dos meus pais com os filmes de cowboys e com o after shave, até chegar domina

Marcelo e as mulheres

Sol 26 de Março, 2012  José António Saraiva Um destes domingos, no seu costumeiro programa na TVI, Marcelo Rebelo de Sousa falou do papel da mulher. Ou, mais precisamente, das mudanças verificadas nesse papel nas últimas décadas. Segundo Marcelo, a situação da mulher tem melhorado bastante. Hoje as mulheres são mais independentes, têm maior presença no mercado de trabalho, formam-se em maior número do que os homens nas universidades e são melhores alunas, ascendem com mais frequência a lugares de administração, etc., etc. Tudo isto é verdade e tudo isto é estatístico. E, além disso, é politicamente correcto dizê-lo. Da direita à esquerda não há político que não faça hoje este discurso sobre as mulheres. Mas este fenómeno só teve aspectos positivos? Não há rosa que não tenha espinhos. Todas as medalhas têm um verso e um reverso. A progressiva emancipação da mulher na sociedade ocidental, sendo naturalmente reconfortante para as mulheres, tem – como tudo – os seus custos.

Se deixarmos o amor de Cristo transformar o nosso coração, então poderemos mudar o mundo.

Foi o que o Papa disse às crianças mexicanas no sábado à tarde.   Foi também o tema do Encuentro Madrid 2012: “ Las forças que cambiam la historia son las mismas que cambiam el corazón del hombre ”.   A petição “Defender o Futuro” de que, hoje, João César das Neves, explica a necessidade quer restaurar na lei portuguesa a defesa da vida, do casamento, da família, a promoção de uma educação livre que permita um país em que nasça esta mudança de coração capaz de transformar o mundo.

Defender o futuro

DN 20120326   João César das Neves Quando um dia se escrever a história deste tempo, a primeira década do século surgirá como uma era de desorientação e decadência. Alguns elementos que justificarão esse severo juízo são hoje já visíveis. Por muito que o PS queira esconder ou iludir, a linha económica e social dos últimos anos foi desastrosa. Os nossos problemas sócio-económicos são terríveis mas, quando se escrever essa história, pouco mais restará que a sua memória, pois empresas e comunidades costumam recuperar bem, mesmo de crises sérias. Esta triste década deixará cicatrizes fundas e duradouras no ânimo nacional, mas será noutras áreas. Como de costume, os problemas realmente importantes passam despercebidos à actualidade. Do delírio dos últimos anos, que poderá ser tão decisivo que deixe marcas sociais que durem décadas? Que é que atinge a estrutura mais nuclear de Portugal? Não é difícil encontrar agressões recentes a esse nível, gerando chagas nacionais. Com a taxa de fer