O valor absoluto e indiscutível da vida humana

Anteontem, referi o excelente artigo de Henrique Monteiro que chamava a atenção para que os alegados direitos dos animais não o são; são antes, deveres dos humanos. Agradeço a um leitor do Povo que me enviou esta observação de Soljenitsine no seu Commencement speech na Universidade de Harvard em 1978:
"É tempo, no Ocidente, de defender não tanto os direitos humanos quanto os correspondentes deveres. A defesa de direitos individuais atingiu tais extremos que torna indefesa contra certos indivíduos a sociedade como um todo"

Mesmo a propósito, o comentário do Evangelho Quotidiano de ontem contrapunha a dignidade do homem perante os animais:
Vede a que ponto a alma do homem é preciosa. O que contraria os que pensam que os homens e os animais têm uma alma idêntica e que somos animados pelo mesmo espírito. Noutra altura, o demónio foi expulso de um só homem e foi enviado para dois mil porcos (cf Mt 8,32): aquilo que era precioso foi salvo, e o que era vil, perdido: «Sai do homem, vai para os porcos. [...] Vai para onde quiseres, vai para os abismos. Deixa o homem que é Minha propriedade. [...] Não te vou deixar possuir o homem pois seria para Mim um ultraje instalares-te nele em Meu lugar. Assumi um corpo humano, vivo no homem: essa carne que possuis faz parte da Minha carne: sai deste homem!»
São Jerónimo (347-420), presbítero, tradutor da Bíblia, doutor da Igreja
Homilias sobre o Evangelho de Marcos, nº 2

Há alguns dias, Daniel Oliveira, um jornalista com quem raras vezes sou concorde, é muito claro sobre "o valor absoluto e indiscutível da vida humana"

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