A multidão que não existiu

A manifestação que não existiu foi inadvertidamente fotografada como cenário de outro evento, este sim, de enorme relevância nacional na Rotunda do Marquês de Pombal. Aquelas "500" pessoas que se vêm ali atrás estavam só a atrapalhar o trânsito. (fotografia que acompanha a nota "Homenagem aos Bravos da Rotunda" na página 10 da edição de hoje (6 de Outubro de 2013) do Diário de Notícias
Na página 10 do DN:  Os "Nove Bravos da Rotunda" foram ontem homenageados numa iniciativa do jornal O Sargento, na Praça do Marquês de Pombal, em Lisboa. Acampados na praça de 4 para 5 de outubro de 1910, decidiram ali continuar, numa "ação determinante" para o êxito da revolução".

Dia 5 de Outubro foi dia de manifestações.
À mesma hora e no mesmo sítio "Uma centena de pessoas prestam homenagem a bombeiros e, Lisboa" noticiava a pág. 24 do mesmo jornal:
Cerca de cem pessoas prestaram ontem à tarde, em Lisboa, uma homenagem aos bombeiros voluntários e aos que morreram a combater as chamas nos incêndios florestais. Organizada por um grupo de cidadãos civis, na marcha par t i ci para bombeiros da Amora, Pontinha, Carnaxide, Carcavelos, Viana do Castelo, Vidigueira e Fronteira. A marcha, que contou também com a presença das fanfarras dos bombeiros da Amora e da Pontinha, decorreu entre o Marquês de Pombal e a Assembleia da República, em Lisboa. Vítor Neves, um dos organizadores da iniciativa, disse à Lusa que foi decidido fazer uma homenagem aos bombeiros em agosto, quando o país estava a ser devastado pelas chamas, e que provocou a morte a oito bombeiros."É uma homenagem merecida. Nunca ninguém tinha organizado uma iniciativa idêntica", afirmou, adiantando que o trabalho dos bombeiros voluntários "não é reconhecido pelo Governo". A organização lamentou a fraca adesão, considerando que os bombeiros apenas são falados na altura dos incêndios.

Entretanto aquelas pessoas que se viam a escapar-se sorrateiramente atrás da homenagem aos heróis da Rotunda, chegaram ao Rossio.
Eram "cerca de 500" e, por isso, não valia a pena fazer qualquer espécie de reportagem. Porém, nos tempos de hoje a realidade é mais difícil de esconder. (ver aqui)


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