Hanna Arendt

Fui ontem ver o filme Hanna Arendt que foi notícia no Povo há duas semanas.
Para além da notável representação de Barbara Sukova, o que mais me impressionou foi a facilidade com que, como Hanna Arendt dizia, os seres humanos desistem de ser pessoas, permitindo que o mal se torne banal.
Numa escala menor, acontece-nos muitas vezes que, por momentos, deixamos de ser pessoas, quando, por exemplo, trocamos a verdade pela conveniência, a acção pela omissão, o silêncio pela palavra necessária.
A entrevista que o anterior primeiro-ministro deu ao Expresso do passado fim de semana e que é aqui comentada, é reveladora de um método que troca a verdade pela ilusão, a aparência pelo conteúdo, a educação pela grosseria, o brilho pela casca grossa. Fiquei impressionado como é possível que Portugal tenha tido um tal primeiro-ministro.
Contudo, esta personalidade continua a atrair inúmeros portugueses, revelando uma patologia social que vale a pena discutir. Esta intervenção artística dá início a essa discussão
Pedro Aguiar Pinto


O problema com a mentira e o engano é que a sua eficiência depende inteiramente da noção clara de verdade que o mentiroso e o enganador querem esconder. Neste sentido, a verdade, mesmo que não prevaleça em público, possui uma inextripável primazia sobre todas as falsidades.
Hanna Arendt

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