MÃE

"Olha, meu Filho! quando à aragem fria
D'algum torvo crepúsculo, encontrares
Uma árvore velhinha, em modo e em ares
De abandono e outonal melancolia:
Não passes junto d'ela nesse dia
E nessa hora de bençãos, sem parares;
Não vás, sem longamente a contemplares:
Vida cansada, trémula e sombria!
Já foi nova e floriu entre esplendores:
Talvez, em derredor, dos seus amores
Inda haja filhos que lhe queiram bem...
Ama-a, respeita-a, ampara-a na velhice:
Sorri-lhe com bondade e com meiguice:
-- Lembra-te, ao vê-la, a tua própria Mãe!"
António Corrêa de OLIVEIRA (1879-1960)

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