Síria: notícia de crucificação de cristãos em Raqqa comove Papa Francisco

AIS 5-5-2014

A notícia de que alguns cristãos teriam sido crucificados na Síria, na cidade de Raqqa, às mãos de radicais islâmicos, comoveu o Papa Francisco a ponto de ele ter confessado publicamente que não conseguiu reprimir as lágrimas.
  
"Chorei quando vi nos meios de comunicação social a notícia de que cristãos tinham sido crucificados em certo país não cristão".

Foi assim que o Santo Padre se referiu aos ataques mais recentes contra a comunidade cristã em Raqqa, cidade que se encontra nas mãos do movimento radical Estado Islâmico do Iraque e do Levante.

Na sexta-feira passada, na habitual homilia na sua residência no Vaticano, o Papa Francisco aludiu, uma vez mais, à perseguição contra os cristãos. "Hoje também há gente assim, que, em nome de Deus, mata e persegue". E acrescentou: "Existem países em que se pode ser preso apenas por ter consigo o Evangelho".

Esta notícia, agora amplamente divulgada, da crucificação de alguns cristãos em Raqqa, vem confirmar a denúncia de há alguns dias (ver notícia no site da Fundação AIS de dia 24 de Abril ), em que a irmã Raghida se referiu precisamente às perseguições – que incluíam crucificações - de que os cristãos estavam a ser vítimas em lugares ocupados por movimentos islâmicos extremistas.

Já durante a passada semana, também o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, uma entidade civil sediada em Londres, divulgou imagens dos cristãos crucificados publicamente na cidade de Raqqa.

No início do ano, os cristãos de Raqqa foram informados pelos rebeldes extremistas de que teriam de se converter ao islamismo ou, em alternativa, teriam de pagar um "imposto de protecção".

Os que o não fizessem arriscariam a partir daí a própria vida. Além disso, os cristãos passaram a estar proibidos de exibir símbolos religiosos fora das igrejas, orar em público, soar os sinos das igrejas e de fazer obras de manutenção nos templos. 

PA | Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt

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