Aos Pobres, aos Doentes, a todos que sofrem

MENSAGEM DO PAPA PAULO VI
NA CONCLUSÃO DO CONCÍLIO VATICANO II
AOS POBRES, AOS DOENTES,
A TODOS QUE SOFREM
8 de Dezembro de 1965

Aos pobres, aos doentes, a todos os que sofrem
Para vós todos, irmãos que suportas provações, visitados pelo sofrimento sob infinitas formas, o Concílio tem uma mensagem muito especial. 
O Concílio sente, fixados sobre ele, os vossos olhos implorantes, brilhantes de febre ou abatidos pela fadiga, olhares interrogadores, que procuram em vão o porquê do sofrimento humano, e que perguntam ansiosamente quando e de onde virá a consolação. 
Irmãos muito amados, sentimos repercutir profundamente nos nossos corações de pais e pastores os vossos gemidos e a vossa dor. E a nossa própria dor aumenta ao pensar que não está no nosso poder trazer-vos a saúde corporal nem a diminuição das vossas dores físicas, que médicos, enfermeiros, e todos os que se consagram aos doentes, se esforçam por minorar com a melhor das vontades. 
Mas nós temos algo de mais profundo e de mais precioso para vos dar: a única verdade capaz de responder ao mistério do sofrimento e de vos trazer uma consolação sem ilusões: a fé e a união das dores humanas a Cristo, Filho de Deus, pregado na cruz pelas nossas faltas e para a nossa salvação. 
Cristo não suprimiu o sofrimento; não quis sequer desvendar inteiramente o seu mistério: tomou-o sobre si, e isto basta para. nós compreendermos todo o seu preço. 
Ó vós todos, que sentis mais duramente o peso da cruz, vós que sois pobres e abandonados, vós que chorais, vós que sois perseguidos por amor da justiça, vós de quem não se fala, vós os desconhecidos da dor, tende coragem: vós sois os preferidos do reino de Deus, que é o reino da esperança, da felicidade e da vida; Vós sois os irmãos de Cristo sofredor; e com Ele, se quereis, vós salvais o mundo. 
Eis a ciência cristã do sofrimento, a única que dá a paz. Sabei que não estais sós, nem separados, nem abandonados, nem sois inúteis: vós sois os chamados por Cristo, a sua imagem viva e transparente. Em seu nome o Concílio saúda-vos com amor, agradece-vos, assegura-vos a amizade e a assistência da Igreja, e abençoa-vos.

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