Srª. D. Isabel de Sousa e Holstein Beck Campilho


Há pessoas que, por mais que queiramos, são diferentes! Pessoas que quando morrem, deixam na sociedade um vazio. Um... disto já não existe! não se fazem mais... estão em extinção! 
Reservada, discretíssima, de uma beleza rara mesmo na sua velhice, uma classe invulgar, alegre mesmo no sofrimento, generosa sem que a mão esquerda soubesse o que fazia a direita, defensora da família, atenta, verdadeira e sempre com uma palavra de incentivo, de proximidade, de simpatia, de exaltação do outro e nunca, mas nunca, de si própria!
Aconteceu que, por nada a que uma qualquer vontade me levasse, tivesse sido a mim que as Irmãs de Belém pediram para dirigir as suas lojas em Portugal sendo que, coincidentemente, a casa Palmela, por belíssimas razões que agora não vêm ao caso, também se encontra fortemente ligada à presença desta ordem monástica de clausura no nosso país. Tivemos ocasião de falar sobre isso na perspectiva da dificuldade de levar um projecto assim, só porque foi pedido.
Encontrávamo-nos em Fátima, quase todos os anos, na manhã do dia 13, antes das cerimónias. Tinha o gosto de a cumprimentar e de responder às suas perguntas interessadas e sinceras sobre “como tudo estava a correr”. Incentivava-me a continuar, sem olhar aos impedimentos e aos obstáculos. “É preciso estar. É preciso permanecer com uma coisa diferente”, dizia!
Impressionava-me o seu amor a Cristo e a sua entrega a Nossa Senhora.
Que se encontre já no Céu disfrutando da Glória no Nosso Deus.
Fica a saudade e o exemplo.
Morreu uma grande Senhora!
Joana Queiroz

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