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A mostrar mensagens de outubro, 2015

Espanha: Celebrar a santidade e não o dia das bruxas

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Blanca Ruiz, ACIDigital Crianças vestidas de anjos durante a celebração de Holywins, Alcalá de Henares, (Espanha).. MADRI, 30 Out. 15 / 07:00 pm ( ACI ).- Há sete anos começou o Holywins, em uma diocese de Madri (Espanha), uma divertida iniciativa que anima as crianças a se vestirem de seus Santos preferidos e, desta forma, recordam suas vidas exemplares nesse dia, por meio de brincadeiras, testemunhos e músicas no dia do  Halloween . Desde então, a cada ano aumenta a participação das crianças, segundo Carlos Cortés, organizador do evento, contou ao Grupo  ACI . “No ano passado, vieram aproximadamente 200 crianças e esperamos que nesta ocasião participem muitos mais”. O nome “Holywins”, vem da celebração da santidade, o qual faz uma troca de palavras com o Halloween, a palavra holywins significa algo como “a santidade vence”. Como se celebra na rua, Cortés conta que é muito comum que outras crianças vestidas de monstros se unam à festa do Holywins. Durant

A gargalhada de Álvaro Cunhal

Rui Ramos | Observador | 30/10/2015 Eis que, após quarenta anos, o PCP pode regressar ao poder com as ideias e os métodos de sempre. Se ouvirem por estes dias uma grande gargalhada, é de Álvaro Cunhal. Esta é a sua vitória póstuma. Durante quarenta anos, acreditámos em Portugal que um governo participado ou apoiado pelo PCP ou pelo BE só poderia significar duas coisas: ou eles tinham mudado, ou o regime ia mudar. Mas eis que chega António Costa e nos anuncia que o PCP e o BE não mudaram, e que o regime também não vai mudar com a ascensão deles ao poder. Vale a pena pensar nisto. De que o PCP e o BE não mudaram, não há dúvida: esta semana, votaram em Bruxelas contra o Tratado Orçamental, enquanto em Lisboa o PCP mandava a CGTP cercar a Assembleia da República no dia da apresentação do programa de governo. A mão dada ao PS também não é surpresa. Há quarenta anos que o PCP tenta arrastar o PS para uma “maioria de esquerda” (expressão inventada pelo PCP), e nunca como agora o PC

Peregrinação por Portugal

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Portugueses, Facebook , 20151031 Fizemos hoje a peregrinação por Portugal. Fomos 14 e andamos cerca de 20 quilómetros. Depois de nos apresentarmos, partimos de terço na mão, e rezamos o Rosario várias vezes. Não tivemos nem quisemos ter tempo para conversar, para pedir pelas nossas intenções. Foi um dia de oração e penitência totalmente dedicado à nossa Pátria. Cantamos alguns cânticos de Fátima que falam sempre de Portugal. Dedicamos cada terço inteiramente por cada um dos políticos envolvidos no imbróglio em que estamos metidos e pedimos aos santos com os seus nomes que intercedessem por eles. Foi bom saber que todos eles têm nomes de santos. Assim começamos por pedir a S. Jerónimo pelo Jerónimo de Sousa, a Sta. Catarina de Sena que intercedesse pela Catarina Martins, a St. António pelo Antonio Costa, a S. Paulo pelo Paulo Portas e a S. Pedro pelo Pedro Passos Coelho. Pedimos muito a intercessão do Arcanjo S. Miguel, Anjo de Portugal e da Paz que nos afastasse do todo o mal. Foi

Tanta hipocrisia!

Maria de Fátima Bonifácio ionline 31/10/2015 O famoso “acordo” ainda está em laboratório. Quanto mais o tempo passa, mais Costa é obrigado a ceder. O PCP há-de espremê-lo até à última das concessões. Tremendismo?! A ver vamos. Confesso que deixei de acompanhar com pormenor o sórdido enredo da política nacional, criado por António Costa com o único e exclusivo propósito de chegar a primeiro-ministro e, deste modo, salvar a pele e manter-se à frente do PS. Uma vez desencadeado, Bloco e PC são os Judas em cujas mãos depositou o futuro próprio, e, o que lhe importa muito menos, o do partido. Costa odeia o Bloco, o Bloco odeia o PC, e o PC odeia e despreza ambos. O Bloco espera “pasokisar” o PS, o PCP espera destruí-lo. Mas lá vai Costa, cantando e rindo. No meio da barulheira infernal que se instalou, a que me tenho poupado o mais possível, chegou-me todavia o coro de lamentações e indignações levantado contra o discurso do Presidente da República de 22 de Outubro. Discurso al

Sínodo da Família: uma benção para o mundo

P. Gonçalo Portocarrero de Almada Observador 31/10/2015  Cabe ao Papa explicar como a pastoral da misericórdia se articula com a fé da Igreja, como manter que um matrimónio válido seja preterido por união posterior, mantando o princípio da indissolubilidade O processo ainda não está concluído, mas já se pode dizer que o Sínodo sobre “Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização” foi uma experiência positiva, não só pelo facto de todas as conclusões, mesmo as mais polémicas, terem sido sufragadas por dois terços dos padres sinodais, mas também porque o relatório final melhorou substancialmente o “instrumentum laboris”, isto é o texto de trabalho elaborado a partir das conclusões da assembleia extraordinária de Outubro de 2014. Ao contrário do que sucedia no anterior texto que, segundo George Weigel, era “biblicamente anoréctico”, as conclusões do último Sínodo expressam uma mais madura reflexão teológica. De forma mais assertiva, reafirmou-se a doutrina da

Halloween: mera diversão? Pois quem se diverte mesmo é o diabo!

ALETEIA ,29 DE OUTUBRO DE 2015 Pe. Aldo Buonaiuto, exorcista italiano: “Por trás das brincadeiras, a obra do diabo”  Das brincadeiras do Halloween para o ocultismo há só um pequeno passo, afirma o pe. Aldo Buonaiuto, da Comunidade Papa João XXIII. Ele é exorcista e coordenador de um serviço de ajuda a vítimas do ocultismo. Todo mês de outubro, a linha 0800 desse serviço toca sem parar.  Este é um relato de poucos dias atrás: “Ligou uma mãe desesperada, que tinha descoberto as mentiras do filho, um rapaz excelente, sincero, que, de repente, mudou de círculo de amizades. Ela descobriu que o rapaz tinha profanado um cemitério… Eu falei com o rapaz. Por que você fez isso? E a primeira palavra foi Halloween. Chorando, ele me falou da forte persuasão dos novos amigos. No começo parecia tudo uma brincadeira, um jogo. Depois, ele descobriu que eles estavam agindo a sério; que todos eles acreditavam mesmo naquilo que estavam fazendo. E ele não conseguia se livrar deles”. O epis

Resistir à javardice

Inês Teotónio Pereira ionline, 20151031 Não tinha eu começado a jantar e já a minha página de Facebook, redes sociais e sites sinalizavam pessoas a cuspirem ódio, insultos e javardices.  “Nogenta” (o gê não é gralha) , “fascista”, “imbecil”, “vómito”, “cabra”, “anormal”, “gaja que devia estar na cozinha”, “vê lá onde andas com os teus filhos...”, “alguém devia tirar os filhos a esta gaja”, “esta devia ser esmurrada no meio da rua”, “dePUTAda”, etc. E assim vai a extrema-esquerda.  Mas comecemos pelo princípio. Fui à Voz do Operário ao lançamento da candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa e quando cheguei a casa resolvi escrever a seguinte piadinha na minha página de Facebook: “Só o Prof. Marcelo para me levar a um sítio com operário no nome”. Ou seja, e passo a explicar a piadinha, operário é um termo usado e abusado pela esquerda radical autoproclamada dona e defensora da classe operária. Ora, sendo o prof. Marcelo de direita (digo eu), foi engraçado ter escolhido esta

Não há dinheiro para pagar mais socialismo

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André Azevedo Alves Observador 31/10/2015, 8:11 Ainda que continue a não haver uma reflexão crítica séria sobre o modelo de Estado Social, importa que se reconheça pelo menos que não há dinheiro para pagar mais socialismo do que o que já temos. Margaret Thatcher, num dos seus mais brilhantes aforismos, sintetizou o modo de actuação dos governos socialistas explicando que eles acabam sempre por esgotar o dinheiro dos outros (“They always run out of other people’s money”). O sábio aforismo de Thatcher aplica-se na perfeição à situação de Portugal, ainda que boa parte dos políticos portugueses pareça não estar consciente disso. Essa falta de compreensão é particularmente grave porque o problema não vem apenas de 2011, nem sequer de 2000. Na verdade, nas últimas quatro décadas de democracia a insustentabilidade tem sido o padrão dominante no âmbito das finanças públicas. O gráfico seguinte, que  agradeço  a Jorge Costa, ilustra bem este ponto ao apresentar o saldo co

Cristianismo

Se você está à procura de uma religião que o deixe confortável, definitivamente eu não lhe aconselharia o cristianismo. C. S. Lewis

Um erro sem desculpa

VASCO PULIDO VALENTE Público 30/10/2015 Se por causa do Governo de António Costa as condições gerais da economia piorarem, agravando a pobreza da sociedade e do Estado, o PC perderá o que tem. Já muito mais tarde, por volta de 1990, conheci pessoas que tinham trabalhado com Álvaro Cunhal durante o PREC e durante os primeiros governos constitucionais. De tudo o que me contaram, o que mais me espantou foi o facto de Cunhal persistir em acreditar que o regime estabelecido era (para usar o calão da seita) uma “democracia avançada” e não uma “democracia burguesa” como em toda a Europa. Ao que parece, Álvaro Cunhal fundava esta inesperada ideia na Constituição, que no preâmbulo falava em “socialismo” e dava por adquiridas as leis laborais de 1975, a reforma agrária, as nacionalizações “irreversíveis” e outras maravilhas. Como considerava a Constituição eterna e a sociedade imutável, não pensou na fragilidade do equilíbrio em que assentava a sua consoladora visão das coisas. Os des

Assunção Cristas e a questão de Deus

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A falsa tese da marginalização política da extrema-esquerda

FRANCISCO ASSIS Público 29/10/2015 O PS, como já aqui o referi na semana passada, não pode deixar-se aprisionar por compromissos impeditivos da prossecução de uma acção reformista de que o país notoriamente carece. 1. A comunicação presidencial da semana passada teve, entre outras, a consequência nefasta de consolidar a ideia de que ao longo dos últimos 40 anos se viveu num regime de apartheid político com a exclusão dos partidos situados à esquerda do PS. Com o apoio activo de alguns sectores do Partido Socialista – nuns casos por pura má-fé, noutros por manifesto desconhecimento da nossa história democrática – os partidos da extrema-esquerda têm vindo a impor a tese segundo a qual foram objecto de uma ostensiva marginalização parlamentar de carácter não democrático. Ora isso pura e simplesmente não é verdade. E não só não é verdade, como constitui um monumental embuste directamente filiado na tradição leninista e estalinista de falsificação primária dos fenómenos históricos. Qu

O que está mal no mundo

"Agora (para reiterar o meu título) isto é o que está mal. Isto, é a enorme e moderna heresia de adaptar a alma humana à medida das suas condições em vez de mudar as condições humanas à medida da alma humana" G.K. Chesterton:  "What's Wrong With the World," Part Two, Ch. IV ─The Insane Necessity

Tradição

Pedro Candeias Expresso curto, 2015.10.29 A política é um ponto de vista e quem disser o contrário está a ver mal.  É um bocadinho como no futebol, sobretudo, o nossso futebol. Pegue em dois lances iguais e ponha-se dos dois lados da barricada: quando é favor do nosso clube, é claro que é penálti, que só pode ser penálti, de certezinha absoluta que é penálti, e que quem não a vê é porque é cego ou não quer ver. E, quando a falta é contra, está mais do que visto que não é penálti, que nunca na vida pode ser penálti, de certezinha absoluta que não é penálti, e que quem a vê é porque anda a ver coisas a mais. Ora, vem isto a  propósito da palavra 'tradição' , que tem sido jogada de um lado para o outro desde 4 de outubro, conforme o efeito que se espera obter dela quando usada num argumento.  Lembra-se do que disse a direita sobre a possibilidade do PS/BE/PCP poderem formar Governo ? Era coisa pouco tradicional. Lembra-se do que disse a direita sobre a eleição do Presidente da

Não é um jogo

Paulo Tunhas Observador 20151029 Como desviar os olhos e aguentar o que se passa quando nos estão, pura e simplesmente, por interesses pessoais e de facção, a lixar a vida? Quando as regras que normalmente nos orientam são rompidas? Em tempos políticos mais ou menos normais, o que quer que isso seja, as considerações morais não desempenham um papel por aí além, a não ser quando, ritualmente, os políticos são criticados por falharem num tipo ou outro de promessas (quase sempre em matéria de impostos). Aí acontece-lhes verem-se acusados do feio acto de mentir. Também há a pergunta cíclica: “Comprava-lhe um carro em segunda mão?”. Mas, somando tudo, é coisa pouca. Felizmente, diga-se de passagem. A pregação moral é um labor cansativo e, para as almas mais dubitativas, costuma deixar um sabor amargo na boca. Há, no entanto, circunstâncias em que o juízo político não pode, por menos exaltada que uma pessoa seja, deixar de se acompanhar por um juízo moral. A nossa situação actual

Três desabafos politicamente incorrectos

José Manuel Fernandes |Observador 28/10/2015 A OMS alerta contra comer carne? Pois vou continuar a comer. Cai mal ser anticomunista? Pois é tão justo como ser antifascista. Temos de acolher os refugiados? Sim, mas não quero uma Europa islamizada Vivemos num tempo de interditos. Há coisas que se podem dizer e outras que se devem omitir. Quem quer que ande um pouco pelas redes sociais ou pelas caixas de comentários dos jornais sabe do que falo. Por isso, mesmo correndo o risco de chocar, não resisto a três desabafos, sobre três temas muito diferentes. Todos mereceriam maior desenvolvimento, mas para já fica o essencial. 1. Os alimentos cancerígenos. Acho profundamente irresponsável a forma como a OMS divulgou esta semana as suas conclusões sobre as características cancerígenas das chamadas “carnes tratadas” e “carnes vermelhas”. Mas não só: começo a estar saturado com a obsessão de se ser tão saudável, tão saudável, que só se pode morrer de saúde a mais. Porque morrer, morreremo