Governo sírio já celebra vitória em Alepo

RR ONLINE  13.12.16

Últimos rebeldes na cidade estão reduzidos a uma bolsa de poucos quilómetros quadrados. “Têm pouco tempo. Ou se rendem ou são mortos”, diz general.

Depois de meses de intensos combates, a cidade síria de Alepo está praticamente nas mãos das forças leais ao regime de Damasco.
Ao longo das últimas semanas soldados sírios, apoiados por milícias xiitas do Iraque, do Irão e do Líbano e também pela força aérea russa, foram apertando o cerco ao espaço da cidade – a segunda mais importante do país – ainda ocupado por grupos rebeldes, entre os quais se incluem vários grupos jihadistas com ligações à al-Qaeda. Mas nas últimas horas a situação dos rebeldes tornou-se insustentável, com vários bairros a cair em rápida sucessão.
Os rebeldes que restam na cidade estão encurralados num espaço de poucos quilómetros quadrados, sob fortíssimo bombardeamento e aparentemente sem qualquer possibilidade de resistência. Noutras partes da cidade os soldados pró-regime já celebram a vitória numa das mais duras e críticas batalhas da guerra civil, que caminha já para o seu sexto ano.
“Resta-lhes pouco tempo”, afirma o general Zaid al-Saleh, “terão de se render ou serão mortos”.
A libertação de Alepo pelo regime já está a ser considerado por alguns especialistas como o princípio do fim da guerra naquele país. Reconquistada a totalidade da cidade, o regime passa a dominar todas as principais cidades do país, assegurando as fronteiras com o Líbano, Israel e a Jordânia, bem como grande parte da fronteira com a Turquia.
Os rebeldes, que o Governo apelida de terroristas, ainda mantêm uma presença alargada no país, mas sobretudo nas zonas rurais. Raqqa, a sede do autoproclamado Estado Islâmico, é a única cidade significativa que foge à regra. A esmagadora maioria da população, bem como os grandes centros económicos e industriais da Síria, estão firmemente nas mãos de Bashar al-Assad.
Este cenário representa uma importante vitória para Assad, mas também para o Irão, para o Hezbollah, para os xiitas no Iraque e, sobretudo, para a Rússia, que no plano internacional sai por cima das potencias ocidentais que em larga medida apoiaram os grupos da oposição ao regime.

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